MORRE UM POEMA


A febre de escrever,
escalda-me a face...

ardo no silêncio,
cricificada no tempo,
de que nem sempre disponho
naquele justo momento...

e mais um poema se perde
na pedra sacrificial
da lágrima não
derramada!


***
In Catavento, Débora Novaes de Castro,
1999, p. 34