104 _ Mães, quem somos, nós?

Na jornada da vida mãos em afagos

Da noite que desce ao romper do novo dia

trazendo para o berço dos filhos salpicos do céu

Na eterna madrugada que para a mãe não termina nunca.

Que importa se chora se seus olhos lampejam olhares divinos ?

Sou como rosa dia e noite para enfeitar o seu berço

Rompendo tempestades, entregando a sua vida para você

caminhando a passos leves para não despertá-lo.

Criando harmonia com seu canto de ninar

torna-se dona de mil carinhos em gestos meigos e musicais

sem precisar nada falar, seu rosto é uma flor

Aquecendo com sentimentos puros e envolve com intensidade

e sensibilidade só possível para quem tanto ama.

Eu sou mãe; devo ser paciente pura virtude de amor

mulher decidida firme em qualquer situação

na eterna busca de fazer a todos felizes.

É o seu papel.

Na sincronia da vida

eternizada sempre será pelo seu filho

sempre querida e adorada mãe

pela boca da humanidade

Declamada pelas gerações

numa só linguagem universal.

Mas nem sempre é lembrada que um dia, também, foi filha!

Kátia Claudino Caetano Pereira

Kátia Pérola _09/09/09