Aquela Mãe

Aquela Mãe

E aquela Mãe seguia seu filho,

continuava firme como as rochas

do lugar sentindo pesar o peito,

sufocar a alma, engasgar o pranto.

Fel derramava em sua boca, sorvia

calada, sentida, amargurada, paciente,

machucada no amor materno.

Sentia todas as dores do mundo!

Estava-se cumprindo a lei, ela sabia

e nem por isto sua dor foi branda,

sentiu na própria cabeça os espinhos

da coroa, lança transpassada no peito.

Reviveu a ventura de simplesmente ser

Mãe, alegria da espera nos preparativos

e tomar no colo aquele ser pequeno,

frágil, doce. Viveu como qualquer mulher!

Não haviam palavras a serem ditas, o olhar

falava mais alto sobre o sofrimento do coração

angustiado e ela implorava piedade para

seu filho, força no suportar a dura prova!

Marta Peres

Marta Peres
Enviado por Marta Peres em 12/05/2009
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