O SONHO DE ÍCARO
O SONHO DE ÍCARO
Foi um ato efêmero
O dele! Fugaz!
Ícaro, sem esmero,
Quis voar além
Dos limites previstos
Em sonho audaz!
A princípio impensável,
Dédalo, engenhoso e hábil,
Construiu asas da fuga,
Com leves penas,
Fina costura
e cera para juntura!
Alçam vôo, pai e filho!
De Creta fogem!
Buscam a liberdade
Sem temeridade!
Os obstáculos somem,
Não há empecilho!
“Siga-me os passos!
Não voe alto nem baixo”,
Ensinou o pai, na frente!
O canto dos pássaros
E a beleza do firmamento
Foram seu alumbramento!
E Ícaro, amalucado,
Subiu aos píncaros!
A cera derreteu,
Ele despencou
E seu pai o perdeu,
Desesperado!
Ícaro... morreu!
Mas... a humanidade
Seu anseio compreendeu!
Voar, voar... é preciso!
Sonho, deltas, parapentes...Avante!
Atingimos sua realidade!
Leo Ricino
Setembro de 2007