O INESQUECÍVEL PELÉ

Pelé era um homem capaz de mover multidões. No final dos anos 60, quando ele e o Santos foram jogar alguns amistosos na Nigéria, a guerra civil que ensanguentava o país parou durante sua visita. Quando foi aos Estados Unidos jogar pelo New York Cosmos, ele, sozinho, trouxe milhares de pessoas aos estádios. Pelé foi e ainda é um ídolo para bilhões de pessoas. Seu nome é pronunciado em todo o mundo com enorme carga de respeito.

Muitas pessoas famosas deram célebres declarações a respeito de Pelé:

"Como se soletra Pelé? D-E-U-S."

The Sunday Times, jornal londrino

"Se Pelé não tivesse nascido um homem, teria nascido uma bola."

Armando Nogueira, jornalista brasileiro

"Marcar mil gols, como Pelé, não é tão difícil. Marcar um gol como Pelé é."

Carlos Drummond de Andrade, poeta brasileiro

"Após o quinto gol, eu queria era aplaudi-lo."

Sigge Parling, zagueiro sueco encarregado de marcar Pelé durante a final da Copa do Mundo de 1958

"Eu pensei: ‘ele é feito de carne e osso, como eu.’ Eu me enganei."

Tarciso Burnigch, zagueiro italiano encarregado de marcar Pelé durante a final da Copa do Mundo de 1970.

"Cara, como você é popular!"

Robert Redford, após presenciar Pelé dando dezenas de autógrafos em Nova York, enquanto ninguém lhe pediu um sequer.

"Pelé nunca morrerá."

Edson Arantes do Nascimento, o Pelé.

Em 1993, Pelé entrou para o Hall of Fame do futebol dos Estados Unidos. Após uma viagem a Lima, Peru, onde jogou uma partida, foi feita uma inscrição nas paredes do estádio: "Aqui jogou Pelé". Uma vez, ele chegou a interromper uma guerra na Nigéria. Um armistício de 48 horas foi assinado para que ambos os lados pudessem assistir a Pelé jogar alguns amistosos. Ao se despedir da seleção brasileira em 18 de julho de 1971, duzentas mil pessoas choraram no monumental estádio do Maracanã quando ele deu sua histórica camisa 10 a um menino de dez anos.

Pelé é a única pessoa a haver vencido três Copas do Mundo como jogador (1958, 1962 e 1970), e a ter marcado 1281 (ou 1284) gols em 1363 partidas profissionais, o que provavelmente é o recorde mundial de todos os tempos em futebol. É uma média de 0,93 gols por jogo. Em 1959, ele estabeleceu o recorde de gols em uma temporada do Campeonato Paulista – 126 gols. Em 21 de novembro de 1969, ele marcou seu famoso milésimo gol em uma cobrança de pênalti aos 34 minutos de um jogo contra o Vasco da Gama, dedicando o feito "...às criancinhas pobres do Brasil...", além dos velhos e dos sofredores. Pelé também participou do que veio a ser conhecido como "os anos dourados" da Taça Libertadores da América, de 1960 a 1963, durante os quais o grande Peñarol do Uruguai enfrentou o legendário Santos nas finais. O Peñarol venceu em 1960 e em 1961, enquanto o Santos se sagrou campeão nos dois anos seguintes.

Pelé definiu o papel do jogador de meio-campo criador de jogadas. Ele liderou alguns dos melhores jogadores brasileiros de todos os tempos: Vavá, Didi, Garrincha e outros. Muitos afirmam que Pelé teria sido o melhor em qualquer posição em que houvesse jogado. Pelé chegou mesmo a insistir com o técnico do Santos que lhe permitisse jogar como goleiro. Em 19 de janeiro de 1964, ele substituiu o goleiro do Santos, Gilmar, que havia sido expulso, na semi-final da Copa do Brasil. Por cinco minutos, após haver marcado três gols, Pelé jogou com a camisa um e realizou duas defesas espetaculares, garantindo a vaga santista na final.

Gilson Lira
Enviado por Gilson Lira em 23/10/2010
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