Ares de Setembro

Ares de Setembro

Delasnieve Daspet

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Eis setembro, finalmente!

A delicadeza flutua no ar.

Um sorriso desconhecido.

Um adeus de alhures.

O sol suave da tarde bate

Cálido em meus cabelos...

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Flores, abelhas, beija-flores,

Na primavera o ciclo se renova.

Pássaros cantam,

Formigas em frenético vai e vem

Parecem gritar: Vida! Vida!

Chega, magnânimo, setembro!

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Alfazema, rosas, araras azuis,

Enfeitam o campo e a cidade..

Nem o ar seco da tarde,

O calor das ruas,

O escasso dinheiro,

A angustia que maltrata,

A ansiedade,

Ou a tua ausência,

Nada!...Nada!...

Nada mudará a beleza dos dias!

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Todos os problemas ficam menores...

E setembro pintando um novo pano de fundo,

Com novos atores e profusão de cores.

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E a vida chega,

Com a alegria da água correndo no regato

E a combinação mágica do tempo que não voltara a existir.

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Ares de setembro que me toma, embriaga,

Com assombro e magia me mostra que sou única,

Singular, pois só eu tenho minhas respostas,

Onde quer que eu esteja, estou apenas no inicio

Pois nasço agora.

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A vida que se renova com a primavera

E me mostra que serei eu, para sempre,

Chorando, sentindo, amando, odiando,

Imperfeita, solitária, um ser humano

Que chegou em setembro!

DD_10.09.03 - 16 hs - Campo Grande - MS