Emblemática Efeméride

Sou uma gente pobre!

Sem flores airosas

Para depor, no túmulo;

Dos filhos escarnecidos

Desta terra...

Neste dia sacro

Aos defuntos

Minha alma se reveste de luto,

E o choro da gente é magno!...

A saudade, mística dos que viveram!

Sem que prouveram

A amargura enigmática,

Dos quão já sofreram...

Os olhos da gente estão escarlates;

Esperanças mergulham...

E em uníssono bombardeiam

Uma névoa de alarido!...

Uma ilustre coroa florida

Amarelecida, rosada e verdejante,

Desafoga o aluir da sepultura

Ornamentada de amargores!

Esperançadas no facho

Do gáudio da gente...

Hei-de regressar...

Assim vos havereis de me dar

Afagos!

Que não caia sobre nós!

Esta tarde lúgubre no pensamento

Do incrédulo...

Nkazevy
Enviado por Nkazevy em 23/07/2005
Reeditado em 13/02/2008
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