Nina, a Mãe de Cruz Alta

Em “Pouso de Cruz Alta”
nas ribaltas do Erico
é Veríssimo...
nasceu a Nina menina

do “Tempo e o Vento”
a flor que intumesce
floresce esta guarani,
em si Nina menina

linda 'Sapoti'
da cor trigueira
guerreira do olho de mel
Nina, bela indiazinha...

arroios e cachoeiras
ligeiros lavam e
beijam os pés-de-vento
da Nina menina

pinta a terra no corpo
ergue flechas nas mãos
cabeçeia as nuvens
Ventaneando mato e capões

Desta terra abençoada
encravada nas Missões
Ninguém viu, ouviu
falar da Nina,
índia menina

pastos e ribanceiras
da Praça da Bandeira
ao cume da Cruz
Pranteiam saudades de Nina

Cada pedra,
cada canto
canta o encanto da
Nina, menina-mulher
se foi perdida pelo mundo
no jeito que Deus quer.

Eu, com traços da Nina
menina de jeito peralta,
pareço a índia
que viveu E morreu
nas terras de Cruz Alta

Sou parecida com minha Mãe, que mora no universo.
Soninha Porto Flor
Enviado por Soninha Porto Flor em 06/05/2007
Reeditado em 15/05/2020
Código do texto: T476900
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2007. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.