RETORNO

Retorno à pena
Com honra e gratidão.
Sinto no peito
Que queima o braseiro,
É certa a certeza,
Sou mais um herdeiro
Desta louca paixão.
Desliza a pena
É prancha sobre o mar
Apesar de dois
É como se fosse um a somar
O poeta, na arte de poetar.
Sou assim
Feito de carne e osso
E sei, sem modéstia fina
Que a alma que Deus me deu
É um grande colosso.
Com a pena, quase serafina
Retorno à prancha
E me alegro com a menina
Que tirou, dos olhos a mancha
Trouxe de volta o amor
E o acalento da minha criança.
Aos amigos agradeço
Aos inimigos também
Sentemos à mesa farta
Pois os anjos dizem amém
Todos estão convidados
A sua arte demonstrar.