CAIPIRA POETA
CAIPIRA POETA
Ouço o estampido dos fogos
Alguém me oferece um licor de chocolate
O frio me faz bater o queixo
Queijo e amendoim
Canjica e forró
dentro de mim
A fogueira me chama
E eu chamo o meu amor
Ele chega devagarzinho
Funga no meu cangote e me dá um beijinho
Alguém pede que eu declame uma poesia
E eu me pergunto , sem poesia,
O que de mim seria?
Não me faço de rogada,
Porque na verdade era o que eu mais queria
Canjica , amendoim e bolo
Era só pretexto
pra fazer poesia
Falo do frio e do calor
Peço que continuem a dançar
Façam-me esse favor...
A noite está só começando...
Vamos dançar esse forró
e com ele ir nos esquentando
Fui dançando, dançando,
Até parar de repente...
É que descobri
Que os olhos do meu amor
Era o lugar mais quente...
Coisas de caipira poeta!