MULHER QUE SOU

38 - Mulher que sou

Neta, filha, mãe e avó,

evolução natural da mulher

de delicadeza impecável

de fala mansa, quando quer

brava quando preciso é.

Mulher ávida de sonhos,

por realizar

de amores inacabados,

Mulher que nunca desistiu

de lutar por seus ideais,

Mulher que assume

o seu eu em chama, sem reclamar.

Descrever uma mulher em versos

não é coisa muito fácil,

me embaraço,

a compor rimas assim,

Mulher que sou,

a própria poesia em flor.

Mulher que cultiva e colhe nos leirões do campo,

feijões, batatas, amendoins,

cabelos envoltos ao vento, suor a molhar seu corpo,

à máquina de costura, a bordar, a costurar, a remendar

eis a minha mãe, cuidando de tudo para nos alimentar e nada nos faltar.

Mulher brava ao mesmo tempo serena, de pele morena,

entre Boas-noites, Cravos, Beneditas, dentre outras flores,

eis minha vó Joaninha, em toda matina dos seus dias

regando o jardim e retirando dele as ervas-daninhas.

Mulheres que batalham, em busca de algo melhor,

desafiam o tempo, o vento,

que com o sofrimento, amadurecem e sabiamente,

exemplificam a quem a veem,

ensinam a quem queira aprender.

Aprendi desde cedo,

conjuntamente com as minhas irmãs,

que mulher tem que ser autêntica,

decidida, forte em todos os momentos,

em todos os sentidos,

por si só e por todos ao seu derredor.

Neide Rodrigues, poetisa potiguar em Natal 08/03/2018

NeideRodriguesPoetisaPotiguar
Enviado por NeideRodriguesPoetisaPotiguar em 08/03/2019
Reeditado em 10/06/2019
Código do texto: T6592386
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