Ê, meu pai
Vou contar uma história
De um homem que venceu
E nunca sairá da memória
Que hoje celebra a vitória
Das glórias que Deus lhe deu.
Vindo de família humilde
Conhecida na região
Aprendeu a olhar gado
E até a roçar mato
Plantou milho e catou feijão.
Depois dos 20 anos de idade
Com o amor foi contemplado
Se encantou por uma moça
E disse: “Minha mãe, ouça
eu estou apaixonado”.
Depois de um tempo de namoro
Logo houve o casamento
Tiveram a primeira filha
Era uma menina linda
É verdade, não invento.
Depois de certa idade
Fez ele um sacrifício
Foi embora pra cidade
Deixando para trás Caridade
À procura de ofício.
Assim, Deus fez sua vontade
Foi com muito sofrimento
Que passou fome, passou sede
Tinha dias que só queria uma rede
Esse foi o seu lamento.
Mas ele sobreviveu
E tudo isso passou
Mas na frente ele colheu
Os frutos que Deus lhe deu
E tudo ele superou.
Na dura estrada da vida
Tudo foi suportado
Hoje aproveita contente
Ao lado de seus parentes
Celebra por ser tão amado.
Já ia quase esquecendo
De falar do seu cantinho
Tem ainda esse detalhe
Se a memória não me falhe
São mais de trinta passarinhos.
Passou por poucas e boas
Da roça foi pra cidade
Tem uma coisa que permanece
Na qual ele nunca esquece
São as tardes de domingo, no sertão de Caridade.
Meu pai, querido e amado
Neste dia abençoado
Quero deixar esse recado
“Você é a luz que Deus colocou em nossas vidas,
Quando desânimo penso na sua vida sofrida
Mas sempre com muito esforço
Você fala, eu sempre ouço
Nunca desista querida.”
Meu pai
Com carinho vou encerrando
Estes versos que eu fiz
Pra você seu Martins
Quero dizer que te amo.
Um feliz aniversário
Da sua filha mais nova
Quero te desejar saúde
E que nunca você mude
O rumo da sua história.