Um brilho rarefeito

O Natal diluiu-se numa simples taça,

Onde todos os vestígios encontraram vida,

Decantada por um fogo de imagens raras.

As velas derreteram e mostraram as cores;

Formas sugeridas pelo encanto e apreensão.

Todos flutuámos naquele mar doce de vidro,

Claro e transparente, como estátuas reféns

Num acender e apagar sem sentido...

Como se estivéssemos dependentes

De um breve desfecho, arbitrário, surreal e imperfeito.

As flores teimaram em não desaparecer,

Enquanto os reflexos das esferas do Natal

Imanavam um brilho estelar, fugaz e rarefeito...

Mongiardim Saraiva
Enviado por Mongiardim Saraiva em 28/12/2020
Código do texto: T7146442
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