Você é bis



Você me visita a cada quatro anos,
Vem quando não espero, não convido,
Mas sempre vem, a cada quatro anos.

Você me aparece sem jeito, sem graça,
Não pede nada, mais sempre leva,
Pouco é verdade, mas sempre ganha.

De você não lembro nada em especial,
Talvez algum dia venha dar-me
Algo que possa lhe desejar.

Sua aparição é bissestual, festeira
É eventual, mas é sempre real,
Você é vinte e nove de fevereiro.


São Paulo, 29/02/2008