Sou braço e abraços
a enlaçar meus filhos
dar-lhes brilho
a adiantar seus passos.

Dou calor e acarinho
os seios para alimentar
afagos de meu ninho
sou a origem e as raízes.

Tal qual guerreira
a combater nos campos
a lutar em outros tantos
é preciso trabalhar!

De sol a sol,
a lavradora de almas
de corpos e vida
faz o possível
até o impossível
vitoriosa e protetora,
sou imbatível!

Olhos nos olhos
pensamentos e impressões
saudades e esperanças
mágoas e dissabores do viver.

Eu, mulher,
num corpo que parece ágil
às vezes temerosa
outras valente
mesmo sem ser nada
segue em frente.

De dores e desamores
bem frágil
tal qual rosa perfumada
entrego-me ao amor-amante.

Inebriado em suspiros prova,
deliciado, meu mel adocicado
é meu destino ser assim delicada.

Eu, Mulher,
aquela que se desdobra
sem medo da própria sorte
que se dobra frente à morte.

Cala o ontem
trilha o agora
à espera do amanhã
a sua hora.

imagem site depositphotos/fashionwoman
Soninha Porto Flor
Enviado por Soninha Porto Flor em 29/02/2008
Reeditado em 10/05/2020
Código do texto: T881284
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