Ano Novo... Novo?

Prometeram-me tantas coisas...

Cadê a esperança?

O tal recomeço?

E a felicidade, então?

E o amor?

Debruçada no tempo que passou,

Contemplo a mesmice do Novo

E o continuísmo da minha dor.

O “show” de pirotecnia escreve no céu

Uma alegriazinha de nada.

Uma alegriazinha chinfrim

Que logo se dissipa com a fumaça...

Que se cala com o cessar dos rojões...

Que se extingue quando o fogo se apaga...

Brindamos a Grande Chegada

Com aquele riso robótico pregado na cara,

Sem nenhuma originalidade

(de novo, só as velhas promessa)...

E no fundo da taça

O mesmo rosto

Mergulhado em saudade...

Rahna
Enviado por Rahna em 31/12/2005
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