Ano Novo... Novo?
Prometeram-me tantas coisas...
Cadê a esperança?
O tal recomeço?
E a felicidade, então?
E o amor?
Debruçada no tempo que passou,
Contemplo a mesmice do Novo
E o continuísmo da minha dor.
O “show” de pirotecnia escreve no céu
Uma alegriazinha de nada.
Uma alegriazinha chinfrim
Que logo se dissipa com a fumaça...
Que se cala com o cessar dos rojões...
Que se extingue quando o fogo se apaga...
Brindamos a Grande Chegada
Com aquele riso robótico pregado na cara,
Sem nenhuma originalidade
(de novo, só as velhas promessa)...
E no fundo da taça
O mesmo rosto
Mergulhado em saudade...