O MUNDO PARA TODOS

Laivo a laivo, como suave brisa, que

não ofende a paisagem, miles de cores

enriquecem, tudo o que nos cerca,

numa manifestação humilde, da mãe

natureza, para com seus filhos dilectos.

As árvores tocam o cume das nuvens, e,

mas em baixo, mas não menos

insignificante, outra vida se mostra

propensa, a dar o melhor de si, em suas

águas bêbedas e cristalinas.

Imensos rios de minha infância, onde

doira o sol, pela manhã, convidam-nos

a neles mergulhar, como num rito ancestral,

onde a história ficou guardada,

para sempre, em suas margens, de algas

verdes e ramos retorcidos.

E nesta pedra, onde me sento, mais ao

Sul, consigo imaginar as naus, partindo

à descoberta de novos mundos, riqueza

de nossa multiplicidade.

Argonautas de nosso próprio presente,

saibamos ser dignos desta vida, semeando

o fruto bom, para sorriso e ventura,

de nossas crianças, pintando no papel,

pontinho por pontinho, um Mundo mais

belo, a todos por direito.

Tudo é cor e beleza, grato, seja o Mundo!

as flores e as crianças.

E no meu jardim, apenas reina o amor,

todo feito de cuidado e maestria, porque

lá pus, em morada permanente, a figura

de minha amada.

E quando me deito, só um pensamento

me ocorre: vale a pena viver, neste Mundo,

tão colorido e justo.

Por isso eu digo: colhamos seus ensinamentos,

de milénios e milénios, não dando passos,

maiores do que as nossas pernas: e sejamos,

no mínimo, humildes como ele.

Jorge Humberto

29/08/08

Jorge Humberto
Enviado por Jorge Humberto em 30/08/2008
Código do texto: T1153424
Copyright © 2008. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.