OUVINDO MEU CORAÇÃO (Poema n. 23)

(Sócrates Di Lima)

Ouço o meu coração,

Ele está em paz, tranqüilo.,

O que era duvidoso ora é exatidão,

Não tem porque puni-lo.

É um coração como outro qualquer,

Que pulsa e mantêm acesa as vidas.,

Às vezes silencia, quando quer,

Às vezes esbraveja por se opor á despedidas.

Mas, tudo passa como a própria vida passa,

E nas fraquezas dos pensamentos seguimos.,

Tocamos a vida em frente cheia de graça,

Libertando-se das fantasias que perseguimos.

A vida é bela, não há razão para sofrimentos,

Pensando bem, temos razões e alma quente.,

Para sorrir e superar as friezas dos tormentos,

Aliviar a alma e olhar sempre para frente.

Foi no sorriso de uma criança que percebi,

Que existem coisas tão belas para se curtir.,

Não é chorando que verei o que ainda não vi,

Pois as lágrimas me impedirão de descobrir.

Que doce é a primavera florida,

O verão que aquece as vaidades femininas.,

Faz da natureza uma beleza suprimida,

Que se confundem parecem virgens meninas.

Olho a vida com outros olhos, por certo,

O amor deve fazer parte de uma existência.,

Mas não pode expor a alma a um deserto,

Onde embora irresistível, a transforma em ardência.

Saudade, ora, a saudade nunca é demais,

Ela é necessária á própria existência.,

De tudo que passa, deixa um algo a mais,

Que gravado na alma lhe causa resistência.

É amando que se aprende a viver melhor,

O amor traz tolerância, é compreensão.,

Não é ausência e nem faz a vida pior,

Basta amar com serenidade e singela emoção.

É assim que hoje vejo os meus dias,

Deixei para traz as tristes melancolias,

Limitei minhas loucas e ardentes fantasias,

Que de tão loucas me trouxeram poesias.

E na calma que meu coração se conduz,

Haverei de ponderar cada uma vital decisão.,

Ser coerente, perspicaz, sempre sob uma luz,

Que pode emanar de uma alma de plena comunhão.

Uma coisa é certa, a tristeza não me pega nunca mais,

A solidão, poderei até sutilmente compartilhar.,

Lágrimas secaram e choros às escondidas jamais,

Porque Basilissa me foi trazida para eu poder amar.

Socrates Di Lima
Enviado por Socrates Di Lima em 17/12/2008
Reeditado em 14/11/2010
Código do texto: T1339816
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