Amor-esperança

Viestes a mim como vem a brisa fria

Num entardecer de sol vermelho ao poente

Era a mais sincera e verdadeira fantasia,

A mais clara esperança, qual a luz que jazia

Desapercebida e linda à distância te fazia

Levastes meu coração a pulsar firme àquele dia.

Teu rosto abria-se em sorriso ao meu olhar

Num aspecto da Virgem Maria, a santa de Deus

Num mundo total, de sensação e pleno desejo.

Era um verdadeiro jardim do éden ao luar

Jamais tinha visto em sena coisa tão igual

Dos teus olhos azuis um brilho me irradiava

Trazia a bondade de pura e sincera simplicidade.

Num rápido toque de magia eu delirava,

Em majestoso planeta de luz e esplendor

Que eu sempre sonhava para viver eu estava.

Abrigado em teus braços me senti um passarinho

Eram como plumas brancas perfumadas de carinho,

Na carícia de teu amor não mais me senti sozinho,

A ternura de tuas mãos amantes, no clima da paixão

Na fragrância do teu perfume me senti confortado

Fundo a emoção bateu no meu coração já fascinado

Fui além do infinito nesse amor-esperança tão esperado.

E, assim, tocado por teu afago senti a paz no peito entrar

Braços bocas se juntaram numa harmonia clara e perfeita.

E ficamos agarradinhos como o casal Romeu e Julieta

Presos talvez por um forte laço daqueles mais bem feitos

Então eu pude ver da noite a lua branca enamorada surgir

Minha razão de ser naquele momento tão sonhado a sorrir

O meigo e suave abraço em sintonia e compasso interagir.

R J Cardoso
Enviado por R J Cardoso em 07/05/2006
Reeditado em 08/05/2006
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