CADERNO DE POESIAS

Depois que o velho caderno joguei fora
a noite, dentro de casa fiquei arrependido,
tantas poesias e poemas, tudo destruído
foi como se um amigo, tivesse ido embora.
O que estava me torturando não era pouco,
numa corrida, saí prá fora como um louco,
fui, o meu velho caderno lá fora procurar.
Queria salvar tudo que nele estava escrito,
em suas páginas, soluços, choro e até grito,
de um tempo que gostava de recordar...

Lembro, tristemente para casa retornei,
e olhando seu lugar agora vazio no armário,
sentí tamanha falta daquele meu diário,
o que senti de tristeza, explicar não sei.
Fui jogar fora quem tanto me escutava
as amarguras, dores, que só pra ele contava,
e agora, só aquele vazio em seu lugar...
Caderno velho, amarelo, todo cheio de bolor,
mas ali tinha uma linda história de amor,
que para ninguém mais, na vida vou contar.

Nele escrito todo um mundo em poesias,
ali tinha as letras de todas minhas canções
prosas,e poemas falando de recordações,
ali registradas, todas minhas fantasias.
Velho companheiro, de minhas horas perdidas,
com tantas manchas, de lágrimas caídas,
era todo um mundo, um amigo somente meu.
Numa tarde, que das flores no jardim cuidava
ouvi quando a vizinha de longe me chamava,
com o caderno,dizia,olhe aqui o que  perdeu.

GIL DE OLIVE
Enviado por GIL DE OLIVE em 05/06/2009
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