Asas da Poesia

Sei que algo que suponho oculto
fala na intimidade de meu coração.
É quando fecho os olhos,
como se quisesse ver
o que vai em mim.

É quando vejo a insistente
imagem de pássaros brancos,

um bando em voo a desvendar
aquilo que suponho desconhecido.

E eis aí nova contradição,
pois nesta imagem
existe algo “familiar”.

É como se, de repente, passasse
a fazer parte daquilo tudo,

como se, de momento para outro,
passasse a gostar de estar ali.

Fico fugindo do momento da volta
como se não desejasse,
de fato, voltar,

pois que ali habita a felicidade
que procuro e não encontro.

É quando a razão me aborda,
lembra-me do tempo...

O tempo tem que ser respeitado,
o presente tem que ser vivido,
o aprendizado do amor
tem que ser concluído,

pois nele habita
a semente da liberdade

que há de me libertar
das paixões humanas.
Daí a poesia e a filosofia
de cada dia.


Gilberto Brandão Marcon
Enviado por Gilberto Brandão Marcon em 08/06/2009
Reeditado em 01/09/2009
Código do texto: T1638420
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2009. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.