Um novo começo
Novamente me prostro ao ponto de partida
Lendo de novo a minha poesia esquecida.
Vou buscando pontes para se alcançar à felicidade.
E reintegrando o que restou do meu coração.
Deixo um pontinho de luz em cada canto da escuridão
Para entender que o amor nunca morre de verdade.
Vou recitando poemas por algumas ruas vazias
Para enfeitá-las das mais puras e singelas alegrias.
Busco de dentro de mim o que se escondeu
E observo de perto tudo dar os primeiros passos.
Tento não me lembrar de dores ou fracassos
Para fazer canções belas de tudo o que esmaeceu.
Sigo voando, colorindo o céu acinzentando.
Que choveu em mim alguns versos nublados.
Em cada monte plantei flores para perfumar o ar
E enchi de encantos os lagos secos pela tristeza
Reencontrei uma pequena fonte de beleza
E nela, novamente, “reaprendi a sonhar”.
Desse jeito, aos poucos, fui recriando meu mundo.
Aproveitando as poesias que surgiam a cada segundo
Não esqueci o passado para não enfraquecer
Mas dele, joguei fora todas as más lembranças.
Pois, a partir dali, importavam apenas as esperanças.
E as mais belas paisagens que eu pudesse ver.