SAUDADE TEM NOME
(Sócrates Di Lima)
Saudade de um dia de chuva,
Que derramou no meu quintal.,
E lavou minha saudade turva,
Tornando-a límpida como cristal.
Uma saudade reluzente,
Que de tanto amor se agigantou.,
Tomou conta da minha mente,
E a trouxe no mesmo vento que a levou.
Saudade nunca passageira,
Apenas troca de lugar.,
Quando Ela chega, a saudade ligeira,
Faz de um tudo para ninguém notar.
A saudade dela é minha.,
E a saudade minha é dela.,
A saudade dela advinha,
E troca minha tristeza por ela.
E por mais que distante fique,
E a ausência me fizer sozinho.,
Ainda, que a saudade se identifique,
Meu coração é só carinho.
E basta um dia de ausência involuntária,
Que meu metabolismo se altera.,
Não se faz saudade solitária,
Por que ela, de saudade me espera.
E entre minhas e saudades dela,
O fogo da sua saudade me atiça.,
Saudade é o fogaréu que arde por ela,
Minha saudade tem nome, e se chama Basilissa.