Como um Poeta
 
Exilo-me na poesia
que meu coração cadencia.
Tramo versos de analogia
que rimam com alegria.
 
Exilo-me no sentimento,
lançado ao som do encantamento,
carregado ao sabor do vento,
da vida sutil instrumento.
 
Exilo-me no relicário,
que esconde voo solitário.
Mudo a lua em sol solidário,
cuja luz guardo no santuário.
 
Exilo-me na recordação
de um tempo cheio de ilusão.
Do peito brotava a canção
e não havia solidão.



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