O casamento na roça
Para ir ao casamento,
fiz um belo penteado.
Ajeitei a minha roupa.
O céu estava estrelado.
A estrada empoeirada,
se via mato e barrancos.
Casinhas toscas e roças,
águas,fazendas e ranchos.
Encontrei a capelinha,
no alto de uma colina.
lá o Mauro casou-se,
com sua linda menina.
O céu ,quis fazer a festa,
desabou um aguarío.
e pela capela adentro,
rajada de vento frio.
foi lama pra todo lado.
Na casa do anfitrião,
esperavam os convidados
arroz ,frango e tutu de feijão.
o povo todo na estrada,
enfrentava o lamaçal.
ocasionado de certo,
pelo indiscreto vendaval
salto fino ,puro barro.
Vestido longo, so lama.
para não sujar o terno,
trabalho ficou pra dama.
subindo,decendo morro
que nem baba de quiabo
viemos fazendo a festa
com o jantar adiado
Noivos ficaram juntinhos,
nem pensaram no ocorrido.
na casa,ante os presentes,
eram mulher e marido.
barrigas murchas roncavam,
cada carro deslizava
os pensamentos unísonos
chegar inteiro à chapada
avistamos uma luz verde,
o sinal da liberdade.
saimos num buzineiro,
tudo era felicidade.
chegando às meias ,em casa,
cozinha desguarnecida.
nem cafezin nem merenda,
dormiu murcha a barriga.
se mais quiseres saber,
do casamento ocorrido.
no próximo,vê se vai
ao invés de ficar escondido