O casamento na roça

Para ir ao casamento,

fiz um belo penteado.

Ajeitei a minha roupa.

O céu estava estrelado.

A estrada empoeirada,

se via mato e barrancos.

Casinhas toscas e roças,

águas,fazendas e ranchos.

Encontrei a capelinha,

no alto de uma colina.

lá o Mauro casou-se,

com sua linda menina.

O céu ,quis fazer a festa,

desabou um aguarío.

e pela capela adentro,

rajada de vento frio.

foi lama pra todo lado.

Na casa do anfitrião,

esperavam os convidados

arroz ,frango e tutu de feijão.

o povo todo na estrada,

enfrentava o lamaçal.

ocasionado de certo,

pelo indiscreto vendaval

salto fino ,puro barro.

Vestido longo, so lama.

para não sujar o terno,

trabalho ficou pra dama.

subindo,decendo morro

que nem baba de quiabo

viemos fazendo a festa

com o jantar adiado

Noivos ficaram juntinhos,

nem pensaram no ocorrido.

na casa,ante os presentes,

eram mulher e marido.

barrigas murchas roncavam,

cada carro deslizava

os pensamentos unísonos

chegar inteiro à chapada

avistamos uma luz verde,

o sinal da liberdade.

saimos num buzineiro,

tudo era felicidade.

chegando às meias ,em casa,

cozinha desguarnecida.

nem cafezin nem merenda,

dormiu murcha a barriga.

se mais quiseres saber,

do casamento ocorrido.

no próximo,vê se vai

ao invés de ficar escondido

Lucina Duarte
Enviado por Lucina Duarte em 08/04/2010
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