Visita de Amigo

Ia passando rápido,

Vindo da cozinha para o quarto,

Aflito para atender da poesia, o chamado...

Quando olhei pela janela,

Levei um susto: entre a casa e cerca

Uns quatro metros, sem muita certeza,

Uma bela tela:

Lá estava um, não muito bem tratado, cavalo.

Aquilo para minha vista foi um regalo...

No céu alaranjado,

O mato orvalhado...

Esverdeando a serra,

Um enorme cavalo marrom,

Num belíssimo tom...

Singela magia da Terra!

...Esse planeta deixa-me ávido!

Acho que há tanto mais que não estamos percebendo...

Acho que é muito o tempo que estamos perdendo...

Sempre na mesma tecla.

Sempre ignorando a seta!

O que me contrai é que são erros ridículos,

Comportamento em cubículos...

Tudo tão óbvio!

Mas, preferimos o ópio...

O que estamos fazendo com a nossa sensibilidade?

Aonde achamos que vamos chegar? Respondam com sinceridade!

Estamos dando um vexame universal...

Pela Via Láctea toda, e mais algumas dimensões.

Estamos pecando no primordial,

No bom senso!

A vida não pode ser esse tormento!

Deixamos passar as melhores sensações...

Sim, fomos iludidos.

Nossa existência, da forma vigente, não faz sentido.

Até parece que em nome do juízo,

Entramos em desatino.

Mas, já há uma parcela da população

Acordando para essa situação.

Ora, se somos farinha do mesmo saco,

E uns conseguiram despertar,

Quero crer que, de alguma forma,

E sem demora,

Estaremos todos acordados,

Imbuídos no ressemear.

Por enquanto, permitamos que o espetáculo da natureza,

Afete, com toda sua delicadeza,

Com sua inclassificável beleza,

A nossa rudeza!

Vídeo sugerido:

http://www.youtube.com/watch?v=LXnuEUHmUU8&feature=related

Claudio Poeta
Enviado por Claudio Poeta em 07/10/2010
Código do texto: T2542338