Silêncio é o amor, há outro fruto
Silêncio é o amor, há outro fruto
E a sua sombra, nem o doce é certo
Nem exíguo, talvez as asas perdidas
Da folha clara, os flanquinhos dos
Braços nos caminhos das transparências
Para lá do corpo e do seu Outono, maduro
cabo verde do teu colo, entre os oceanos
um sobre o outro e sete rios na tua mão
os dedos e o sopro do ar na teia do silêncio
que te prende e larga na doçura da abelha
nos joelhos transparentes na neblina do teu
olhar, é novamente o silêncio, a sua dor
silenciosa no lado extremo dos pátios
do coração da voz, canta na desordem das
imagens ordenadas na pueril luz da noite
a casa, das lentas folhas escuras do poema