MANHÃ
(Sócrates Di Lima)

Quem dera se todas as manhãs fossem assim,
Tão bela.,
O Sol ameno sinaliza um dia de clarim,
Tocando sonidos de aquarela.

Basilissa, quem dera...quem dera...
E ao olhar o descampado.,
No inicio da primavera,
Um lindo flamboyant, um lago e um olhar azulado.
 
Fazem a natureza ser tão singela,
Um relógio que o tempo faz girar.,
Nas quatro estações em sentinela,
Como prostradas a esperar.
 
Basilissa, que belo...que esplendores...
Deus tem mãos da artista.,
Desenha a vida e distribui cores,
Um exímio desenhista.
 
Supremacia divina,
Orquestra sinfônica da vida.,
E tudo que se vê por uma simples retina,
Ensina que a humildade ás vezes é esquecida.
 
Que belo flamboyant meus olhos vêem,
Como quem vê a coisa mais bela.,
Uma beleza escrita que os corações não lêem,
Mas o meu sorriso largo, minha alma destramela.
 
Na vida tudo assim,
Só vêem o belo as almas nobres.,
E o belo está bem a nossa frente sim,
E quem não vê, tem alma pobre.
 
É com olhos de primavera,
Que minha manhã se faz tão bela.,
Tantas flores, mil quimeras,
Que faria de um tudo para estar com ela.
 
A vida é tão curta, tão passageira,
Insano ou não, ao amor não precisa de divã.,
O belo está em mim, como uma poesia mensageira,
Igual a esta minha doce e humilde manhã.




Socrates Di Lima
Enviado por Socrates Di Lima em 09/11/2010
Reeditado em 03/12/2010
Código do texto: T2605309
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