O CAMPONÊS.

O CAMPONÊS.

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Num barraco de zinco

No sopé de uma serra

Um camponês de guerra

Vivia ele e mais cinco.

Sua companheira Maria,

João, José, Tonho e Luzia.

Do seu viver a razão

Os amavam ardentemente

Igual a aquele pedaço de chão

De onde conseqüentemente

Conseguia a alimentação.

Mas aquele camponês

De enormes calos nas mãos

Que só duas camisas possuía

E que de ano em ano as vestia

Para acompanhar a procissão.

Tinha um que de diferente

Que despertava em toda gente

Uma grande admiração.

É que ninguém nunca o viu

Triste, melancólico, sombrio,

Nem com ódio no coração.

E sim, sempre alegre brejeiro,

Um perfeito bonachão

Que cantava o dia inteiro

Trabalhando aquele chão.

Sempre de sorriso no rosto

Tratava a todos com muito gosto

E os chamavam de irmãos.

Aquele camponês sofrido

Nunca se deixou abater

Pelas intempéries da vida

E muito agradecido por viver

Vivia feliz e com simplicidade.

Um grande exemplo de humildade

Não só para mim, como também para você.

Dante Barbosa.

Dante Barbosa
Enviado por Dante Barbosa em 31/01/2011
Código do texto: T2762513