SER SÓ A BATIDA DO CORAÇÃO

De manhã a luz reluz, sempre...

Às vezes em sol beligerante

Às vezes com chuvisco na rua

Têm o café, o pão em fatias, o mamão

Vez em quando têm à mesa, alegrias...

Em seguida é a noite que vem...

Às vezes nesga de céu nas nuvens

Às vezes meia lua, vezes outras, lua cheia

Tem a penca de estrelas, o piscar de vaga-lumes...

Tem tu, ávida, nua... Tem sim, quando em vez...

Quisera poder ser eu, de vez, noite e dia

Às vezes só onda de calor que irradia

Às vezes só calmaria ou bruto furacão

Ser um fogo que alumia, o sereno que esfria

Quando em vez, talvez, só batida de coração...