Passarinho Verde


Ornei-me.
Escova, perfume, maquiagem e
a melhor lingerie.
Ousei, sorri convidativa,
Olhei para os lados,
Nada!
Jantei sozinha.

Relaxei.
Cabelos ao vento,
displicente usei
chinelo de feira,
saia velha de renda e
calcinha de algodão.
Escrevia concentrada,
não reparei em ninguém.
Chega um menino sorrindo:
“- Tia, essas flô é pra sinhora!”
- Como? Perguntei.
“- Foi aquele moço lá fora...”

Nossa, um Passarinho Verde!!!!!

Não é que Mário Quintana tinha razão,
Passarinho Verde a gente só vê quando não olha!


16/11/2006.
Divina Reis Jatobá
Enviado por Divina Reis Jatobá em 18/11/2006
Reeditado em 07/07/2008
Código do texto: T294804
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