TARDE DE ALEGRIA

Tarde de sol, em todo o seu esplendor;

e uma pequena brisa, incorrendo

nas árvores, mostra o reverso das folhas,

que são de um verde mais escuro.

Debruço-me sobre o rio, que passa

lá mais em baixo, em suas ondas cintilantes,

e um pequeno barco, sulcando as

águas, sereno navega, para a sua foz.

Jardins de minha infância, florescem

incandescentes, em lindos matizes coloridos;

e insectos, tontos de fragrâncias,

voltejam ébrios, indo de flor em flor.

Lindas borboletas, com asas de papel,

voam ao sabor, de um vento brando;

pousando a sua débil fragilidade,

numa pequena fonte, de águas cristalinas.

E pardais, aos bandos, limpam suas penas,

num pequeno pedaço, de areia e de pó;

indo, de seguida, em debandada,

para a linha, que circunda o horizonte e o mar.

De repente, tudo está sossegado,

e um imenso céu, que vai nos azuis dos azuis,

cobre toda a paisagem, até onde meu

olhar alcança, debruado de encantos mil.

Jorge Humberto

27/08/11

Jorge Humberto
Enviado por Jorge Humberto em 27/08/2011
Reeditado em 27/08/2011
Código do texto: T3185306
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