A VISÃO DO POETA

No alto céu, nuvens espumosas,

desenham lindas figuras,

e a horizonte barcos sulcam as águas,

numa tranquilidade de braços.

Por escrever e só por isso as coisas

existem e se concretizam, a

meus olhos. E o rio corre tranquilo,

para onde as marés o levam.

Até onde eu alcanço, o distinto rio,

tem nas orlas das margens,

um serenar azul, que vai nos azuis

dos azuis, que se espraiam,

até influírem, com as águas indómitas

do mar. Existindo porque são,

mar e rio confluem, em linhas paralelas,

e por julgar, vislumbro um verde,

misturando-se com os azuis, que da

minha janela eu vejo, como

um belo quadro, que agora eu tento

reproduzir, em versos singelos.

E onde as águas se encontram, montes

(a meu ver sempre verdejantes),

sobressaem, no mais alto de si mesmo,

e como num eco, que tem tanto

de visual (ainda que distante), como de

pressuposto, chegam até mim,

e por imaginar, frondosas árvores,

crescem livremente, no intuito do sol.

E deste modo, numa tarde que discorre

sem pressas, coube ao poeta,

a finalidade, de levar aos seus leitores,

um pouco de sua beleza, transcendental.

Jorge Humberto

26/09/10

Jorge Humberto
Enviado por Jorge Humberto em 26/09/2011
Código do texto: T3241970
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