A BELEZA DE MINHA POESIA

Uma chuva persistente, cai no meu peito,

apenas por imaginar, que assim é;

alagando meu “eu” interior e seus jardins,

ao fundo as planícies mais verdejantes.

E em sua distinta orla, o rio galga, afora de si,

cingindo meu coração de cruas ondas,

que se esbatem de encontro ao mármore das

pedras, que ladeiam as águas, lado a lado.

Cavalos de espuma, com suas crinas ao vento,

vão pelos meus olhos, em debandada,

numa representação mental, onde a realidade,

são as praias, ao longe, numa suposição.

A chuva continua a cair, e eu, dentro de mim;

e meus braços estendidos, são asas de

pássaros, delineando voos, por entre o cinzento,

e as diferentes gradações, de meu ser.

Que os meus dedos, como se ampolas de sangue,

narram, apelando à natureza, as metáforas

com que me teço, entre as malhas da chuva oblíqua,

que cai por sobre as linhas, desta minha poesia.

Jorge Humberto

09/11/11

Jorge Humberto
Enviado por Jorge Humberto em 09/11/2011
Código do texto: T3326552
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