À VIDA ME DEI

Tudo o que a sorte me negou,

aos caminhos que escolhi,

num passado distante lá ficou,

no presente, eis… me vivi.

Longe joguei as recriminações,

todas as palavras malditas,

das vis e insensatas insinuações,

das estradas então proscritas.

Tijolo a tijolo, ergui o meu ser,

que no espelho se via;

e a cada ditoso amanhecer,

de mim, o que prevalecia.

Quais vermes rastejando no chão,

intentaram demover-me,

porém, apelando ao meu coração,

de deter, não deixei deter-me.

Então dei-me ao sol, e à pureza,

com toda a sagacidade,

caminhando com mui destreza,

meu ser feito humildade.

Jorge Humberto

21/12/01

Jorge Humberto
Enviado por Jorge Humberto em 21/12/2011
Código do texto: T3400377
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