A FINA FLOR DA MADRUGADA
Tal e qual fina flor da madrugada
De pétalas delicadas como seda
O simples que encanta quando o luxo é o que atrai
Ciente que essa beleza um dia se vai
Despida de preconceitos que acometem alguns mortais
Reluzente como um clarão na mata
Por vezes sorriso sagaz
Pureza nos traços de menina
Envolvente pelo olhar marcante
Em esculpido corpo de mulher
Voz mansa num gênio forte
Como o balanço das ondas em alto mar
Palavras duras quando proferidas
Sempre com o cuidado de não magoar
Retrato perfeito porém inacabado
Do que a vida se incumbirá
E em cada ruga que nela desponta
Traz consigo a alegria
Por conta das boas gargalhadas que não sabe segurar.