GRANDE ACHADO
Estão vendo vocês de onde eu tiro estas coisas que apresento para lerem e que uns gostam e outros não? É do que achei no baú do casarão que vou revelar:
GRANDE ACHADO
Ayres Koerig
Aquele casarão, que vês a tua frente,
Alguém dissera que ele está mal-assombrado...
Deram-se ali tantas histórias no passado,
Inclusive a de um velho que ficou demente.
A porta da cozinha, dizem ser rangente,
Durante a noite quando tudo está parado...
Constantemente se ouve de um gato o miado,
De cá pra lá, de lá pra cá, andando há gente.
Peguei minha lanterna e me enchi de coragem;
Adentrei receoso àquele casarão.
Pensei assim comigo: vou ver se é miragem...
Entrei: quando um fantasma pega a minha mão,
Mostrando-me um baú cheio de manuscritos:
Crônicas, lendas, poemas, todos bem bonitos!
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Nota: Estes versos por serem de assombração, estou dedicando aos amigos Valéria, Ciro, Capiau, Paulo Rego e Ana Flor que não deixam de me ler. Concomitantemente, ainda não me deixaram sair do Recanto das Letras.