Sentado na praça
Sentado no banco
Da praça,
Os pombos passam
Em vôo certeiro
Um pulo ligeiro
Perto do milho.
E eu a escrever poemas
Observando pombos
Alegres,
Pombos sinceros sorridentes
E com a caneta registro
O momento, faço poesia.
O poema dentro de mim pulsar
pula,
Procura se soltar das grades
Procura aterriçar em corações
afetuosos
E bocas recitadoras.
Fico assim em profundo
Silêncio,
Com olhar tenaz
Vendo os pombos
Livres a voar,
Livres a cantar
E fazer da vida
Uma grande festa
Um grande momento.
Todo dia é assim
Os pombos
Passam perto de mim
E eu continuo
Com minha poesia
Silenciosa
Meu caderno
De prosa na mão
Tentando encontrar
Sentimentos poéticos.