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      ecanto

             das
                   
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                        etras
                             

 


 
Ao som de 
Cavalgada Eduardo Lages
 
A MORTE DOS RABISCOS
 
A morte de um poeta
É difícil de consumar-se...
Mesmo quando deitado
Numa tumba gelada e fria...
Recebido a última pá de cal...
Rabiscos  agem teimosamente
Se dizendo eterno ...
Não querendo ir...
Me diz que :
Podes todos os rabiscos
Ao invés de enterrar
Vir até a crema-los...
Porém não se esqueça...
Que mesmo assim poderei
Ficar em alguém
Em forma de lembrança...
Meu Deus !
Seria pedir muito
Uma aminésia total...
Não faça isso comigo...
Não desejo ser lembrança...
Porquê mais esse castigo...
Me deixe  ir em paz
Junto a ti meus rabiscos
Que disse-me uma vêz
Seguir-lhe-ia  até na morte...
E este é o grande  momento...
Onde alma e o ser
Se farão de corte....
Sem sangue e cicatriz...
O ser pensando que era feliz...
A alma se lastimando ...
Deixará a suas últimas lágrimas....
Que poucos verão ....
Uma lápide negra sôbre o caixão...
Cerrará de vêz ..............
Sem inspiração
Na eterna escuridão........
Assim o jaz...
Não voltarei jamais....
Aos que ainda pensam em ouvir-me
O que ouvirão..
Será aplausos
E um toque de silêncio.....
 
 
 
Jardim da Saudade 20 de Novembro de 2012
18:00 hs
 
 
BETO MI - PRA NÃO DIZER QUE NÃO FALEI DO VERSO
 
 
Uma das minhas músicas preferidas