(dedico este poema aos amigos LP e APM)

Imerso em negrume
de lodoso pântano,
observei o céu
com enormes borboletas
azuis em seu abano.

Sim, eram borboletas
intensamente azuis,
num vôo soberano.

Quando enfim, 
tornei a cruel estafeta
a qual, me encontrava.
Notei que tal lamaçal,
tornara-se areia branca,
tão fina e em idílica praia.

Areias, onde jamais pus os pés.
Pude ver a dança
ao sopro de Deus
sacudindo imensas palmeiras,
como reluzentes alfaias.

Por meu sangue
poemas borbulhavam...
Bela musa sorria,
enquanto o sol raiava.
Assim, pude ressucitar, 
uma esperança perdida
que  enfim, retornava...