CASINHA AMARELA
último desejo
(Sócrates Di Lima)

Lá no alto da montanha,
no meio do verde da vida,
No olhar uma façanha,
De uma paisagem quase esquecida.

Uma casinha amarela,
Em meio ao verde e as flores,
Entre a natureza e o céu de sentinela,
Abrigando loucos amores.

Uma casinha amarela,
De portas e janelas azuis,
Um pé de flamboyant fazendo sombra nela,
Sob um céu em tons anis.

É la no meio do nada,
uma casinha amarela num gravura em verde,
No pé da uma montanha calada,
Uma vida serena como quem da água mata a sede.

Uma rede na varanda,
Fazendo cafuné no doce amor,
Na ternura de uma querência que demanda,
A certeza da felicidade em flor.

Eu quero uma casinha amarela,
Pra viver com um amor,
Viver o resto da vida ao lado dela,
Vivendo o tudo sem nenhum pudor.

Não quero o luxo da cidade grande que sempre advete,
Nem a violência pela falta de segurança e ativistas,
Nem televisão, rádio ou internete,
Nem ratinho, BBB, novela ou programas sencionalistas.

Abrir a janela ao amanhecer,
Olhar as flores e a relva molhada,
Sentir na face a brisa do entardecer,
Morrer de amor nos braços da mulher amada.

Correr pelos campos de alma e corpos nus,
Banhar nas águas das cahoeiras como moleques,
Fazer amor na relva, no rio, no mato e sob pés de cajus,
Viver a verdade da vida longe das obrigações dos cheques.

Eu quero como um sonho da vida final,
Acordar nus e juntos olhar a montanha pela janela,
Sentir a chuva no cheiro da terra natural,
No pé da montanha, numa casinha amarela.

Mas há a realidade da vida,
Que ninguém pode fugir dela,
Apenas com amor e coragem,
Fica longe o sonho, de viver o ultimo amor, numa casinha amarela.







 
Socrates Di Lima
Enviado por Socrates Di Lima em 28/02/2013
Reeditado em 22/07/2013
Código do texto: T4164963
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