OLHAR DISTRAÍDO
(Sócrates Di Lima)
Estava ali sentada,
No seu olhar distraído,
Um ar de encantada,
E nem havia percebido...
Uma luz sobre a tez,
Uma taça de vinho à mão,
O olhar se distraíu, outra vez,
E veio em minha direção...
Um sorriso se acendeu,
Como quem se abriu uma cortina,
E o Sol apareceu,
No olhar daquela menina.,
Um gole a mais no vinho,
Acompanhado do olhar provocante,
Outro sorriso já com carinho,
Pegou-me em cheio naquele instante.
Não deixaria por menos,
Levantei-me e fui até lá,
Vi radiar em seus olhos pequenos,
Um brilho de desejo pro lado de cá.
E a noite seguia lentamente,
Um brinde de satisfação,
Sem querer, assim, de repente,
Ela pegou em minha mão.
E numa caricia sutil,
Depois de risos e descontração,
Vontades mil,
Ali, de repente em cada coração.
E a noite ficou tão especial,
Parecia que já nos conheciamos a tempos tantos,
E um " Q" de prazer cerimonial,
Marcou os momentos de todos os cantos.
Então a madrugada sorriu,
No suspiro de uma noite rasgada,
E o ventre do desejo pariu,
O encontro do prazer na madrugada.
Então fechando os olhos no dia seguinte,
Um riso sarcástico esboçou lábios a fora,
Foi num olhar distraído, por, conseguinte,
Que libertei meus nós e suspiro, até agora.