(Foto by Sócrates Di Lima-Pq. Luiz Carlos Rya em Ribeirão Peeto-SP).
MANHÃ
(Sócrates Di Lima)
Manhã perene,
Com a brisa roçando a tez,
Uma manhã solene,
Onde a natureza tem sua vez.
Folhas e flores se movimentam,
E lançam perfumes de manhãs,
Fragrâncias que alimentam,
As lembranças e saudades que são primas irmãs.
E assim, na caminhada matinal,
Por entre jardins e lagos,
As flores em ato virginal,
Com o beija-flor em seus afagos.
Uma bela manhã de domingo,
Dentro do meu olhar,
No meio do lago uma ave como o flamingo,
No banho da brisa a lhe serenar.
Então eu olho com olhos lúcidos,
Um olhar quase que perdido na imensidão,
Na memória pensamentos fulgidos,
Um aperto sem nó, no coração.
Seria saudade de alguém!
Mas, saudade de quê!
De uma loucura também?
Ou a simples vontade de ter você.
E logo passa essa ansiedade,
Esse momento de devaneio,
Um instante de promiscuidade,
No pensamento que me veio.
E levanto o olhar mais distante,
A manhã está bela e radiante,
Uma vontade interessante,
De repente me ver, um viajante.
Também esta vontade passa,
E vem a realidade de uma manhã sutil,
Sinto paz no suspiro que não dsfarça,
Ao me sentir azul, feito esta manhã de céu de anil.