na sombra do jequitibá

ideia no plano não voa

toalha sacode-se à toa

a rima no rumo de Marte

moinho rodando – estandarte

sovaco de cobra é pincel

o dedo fugiu do anel

gigante andou de gatinhas

berrante chamou as galinhas

fuxico do Chico é tomate

o dente caiu do alicate

espada não corta o que é cego

bainha afiada no prego

a moça que adoça seu beijo

é sempre a que gosta de queijo

o túmulo é um precipício

no fundo o mergulho é o início

na sombra do jequitibá

a sede é o poço que dá

bem junto da maçaranduba

roncando mais forte que a tuba

o trote é o anúncio de alguém

cavalo fugindo do trem

no parto a espera acabou

pois foi o neném que chegou

Aluizio Rezende
Enviado por Aluizio Rezende em 05/06/2013
Código do texto: T4327464
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