Mãos de Fada

Desde pequena, gosto de jardins...

Aprecio as flores a brotar!

Cada flor, para mim,

É um milagre a se manifestar.

Gosto de recebê-las, em certas ocasiões,

Mas prefiro que estejam vivas.

Buquês me lembram caixões

Pois, neles, há flores feridas.

No dia das mães, porém,

Recebi uma linda rosa.

Sua beleza a fez ir além:

Era pura e majestosa.

Assim, cuidei com carinho

Daquela frágil rosa sem espinhos

Que foi colhida para me presentear

E, o amor, simbolizar.

Foi então que, com esperança,

Lembrei-me do que me falavam

Quando eu era uma criança

E as sementes que eu plantava brotavam...

Diziam que, por encanto,

Eu tinha mãos de fada.

Hoje, no entanto,

Prefiro dizer que são consagradas.

Com muito cuidado e amor,

Fui até o meu quintal.

Afofei a terra, preparei o regador,

Plantei a rosa, afinal.

Já não havia pétalas

E as folhas estavam caindo...

Mas todos os dias, da minha janela,

Eu a olhava sorrindo...

A natureza, cumprindo os desígnios do Criador,

Alimentou a rosa de esperança, de beleza e de amor.

O tempo foi passando e, para a minha alegria,

Notei que agora está brotando a vida!

Foi assim que, de uma só rosa ferida,

Nasceu uma roseira em meu quintal.

Milagres acontecem para quem acredita

Na misericórdia e no poder divinal.

Maria Cleide da Silva Cardoso Pereira (MCSCP)
Enviado por Maria Cleide da Silva Cardoso Pereira (MCSCP) em 18/06/2013
Reeditado em 19/06/2013
Código do texto: T4347362
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