Recanto  das  Letras
                         
 
O que disse ontem pra frente revelar
Depois de uma madrugada de sonhos ...
Aqui estou para terminar com mistério
De algo que surgiu repentino e etéreo...
Em sonhos fantasiei as lembranças..
Do que foi a vida na tenra idade
Cada  peraltice e suas lambanças
Que recorda em plena felicidade
Acordava com o cantar do galo...
Com as vaquinhas ainda  a mugir...
Garrafinhas cheias até gargalo
Leitinho para as energias suprir
Assim eram os cafés das manhãs
Broas de milho, geléias, bolos
Café , leite, manteiga  e pão...
Sem faltar Laranjas e maçãs....
O cachorro latia o pinto piava
Já estava a menina no quintal
Com vitalidade muito aprontava
O que de uma criança normal...
Ao desfraldar do amanhecer
Acordava ela toda passarada...
Atrás das borboletas a correr...
Vez por toda acordada madrugada...
Na boca a última mordida na maçã...
Observada trajetória até longe chão...
Embaixo do braço, carrinho de rolimã
Nas mãos caneca com água e sabão...
Nos céus pintavam  novos coloridos....
Ao sabor dos ventos a bolinha de sabão...
Enquanto corria atrás das borboletas....
Das bolinhas de sabão eras, as espoletas
Na minha mente que não mente...
Um sopro na imaginação
Um sopro no coração
Um sopro de menina
Um sopro de menino
Um sopro no sabão
Nas minhas mãos...
Tu !
Minha bolinha de sabão...
Semente que longe foi germinar...
Que pela bolinha de sabão
Vim agora te encontrar...
Eu bem mais pra lá...
Você bem mais pra cá...
Para mim barato é a felicidade...
E não deixo barato por ela...
Serei eu assim ao pensar ...
Um barato....
Não sou eloqüente
Nem ao  menos convincente...
Tens toda razão...
MINHA BOLINHA DE SABÃO...
Que com os pés no chão...
Fértil é a imaginação...
Que fez brotar de coração
Esse rabisco pra você...
Bolinha de sabão...

Rio das Ostras 11 de junho de 2013
07:00 horas


INTERAÇÃO DE SUZETE PALITOS

Na infante lembrança da menina moleca
Tinha capucheta de jornal
Boneca de papel
Cruza latinha
Amarelinha
Tinha a bicicleta caloi
O skate
O carrinho de rolimã
E o pé de romã
Tinha a mexeriqueira, que servia de casinha
A ameixeira com mandruva
A a corrida na chuva
Tinha o esconde-esconde
O caça vagalume
E o vozerio da criançada em alto volume
Tinha o pega pega
Pera uva ou maça
E os primos em grande clã
Tinha a benção dos avós
Tinha a mãe ralhando
O chinelo falando
E o bumbum marcando
Tinha felicidade
E a infinita velocidade de querer tudo viver
E hoje tudo é doce saudade
Dos tempos que se foram
Mas são tão nossos...
Pra você, Renato, todo o meu carinho... beijos ...
Tudo se coloriu novamente por causa de sua bolha de sabão...




Obrigado Suzete...
Realmente o mundo ficou mais colorido

Fevereiro de 2013