Maria Farinha

Bela Maria, amante do rio e do mar.

Amanhecer em ti é acordar para a vida,

acordar para a vida é descobrir tua beleza,

e tua beleza está no encontro fraterno dos teus amantes.

E o que dizer do céu, bela Maria, que te ama em segredo,

que dedicou a ti o calor do sol, a luz da lua e que derramou sobre ti suas estrelas. Tens a paz dos mosteiros, Maria. E louco, apaixonado, amo sem medo.

Sou louco assim..., Maria.

Como é belo o teu seio, Maria. Por Deus, Maria, não me negues o abrigo do teu colo e guardarei em teus ouvidos os meus segredos.

E quando amanheceres, Maria, tomarei banho de rio e de mar, correrei trilhas, serei mato, serei chuva. E tua pele morena, que belas curvas, Maria.

E quando o sol se espreguiçar por sobre a praça, caminharei pela praia, e na areia escreverei para minha amada; Apaixonado, à sombra de uma palhoça, esperarei uma resposta, quem sabe, louco, recebo uma carta.

Que o tempo nos navegue, Maria, pois a vida anda solta e louca por ti. És bela assim...., Maria.

E quando anoiteceres, bela Maria, dormirei na varanda do meu quarto, exausto guerreiro, vencido pelo prazer de ter sido.....

Sou feliz assim...., bela Maria.

Praia de Maria Farinha, junho de 2004

Marcos Cavalcanti

Cavalcanti
Enviado por Cavalcanti em 24/04/2007
Reeditado em 02/04/2008
Código do texto: T462395