POEMA



I

Todos os poemas – são harpas e violinos,
que adornam a alma e o cerne.
Todo novo poema que nasce,
ampliam-lhe mais cordas.


II


Todos os poemas pertencem
ao íntimo – essências de músicas líricas
e não se quebram.


III


Todos os poemas são retirados e definidos
das árvores antigas – poetas primordiais.
- Os poetas de carnes e espíritos promissores,
os ilustram e os aperfeiçoam em suas vastas liras.


IV


Todos os poemas são palpáveis.
E percorrem todos os fios de cabelo,
vocabulários, pulsar dos seres.
Compõem-se nas arestas do pensamento, feitos orações...
Passo a passo seguem com seus sopros divinais,
nos fluxos e refluxos dos insinuativos corações.


V


Todos os poemas são vias afinadíssimas,
que, com o próprio gesto de engolir barreiras,
reescreve horizontes.
E no único e sedento sentido
de fazer-se ornamentos,
escancara as janelas...

 




Edição de imagens:
Shirley Araújo

Texto: Poema

ALBERTO ARAÚJO
Enviado por ALBERTO ARAÚJO em 13/01/2014
Reeditado em 14/01/2014
Código do texto: T4648315
Classificação de conteúdo: seguro
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