Minha Poesia

A

minha Poesia

Vai por aí

Navegando...

caminhando

Palmilhando passo a passo

Os passos

Quem sabe,

De uma Adélia Prado

Ou um Ferreira Gullar

Mestres queridos e fecundos

Do escrever a vida.

Ela alcança a ponte

Dividida

Entre

Lispector, Nélida Piñon

Decifra as alamedas

Muitas vezes obscuras

De José Luís Borges,

De Pessoa

De Camões também...

Vai assim,

E vai por aí

a minha Poesia

Celebrando

o

compasso

Dos ritmos quentes

Nunca nublados

Do meu dia a dia.

Agora,

De dolce vita

A minha vida não tem nada

E é bom que eu diga

Nem poderia

Afinal,

Tantas fomes tantos passam!

A

minha Poesia é assim

Águas claras

jorrando em desalinho

Mas nunca em lugares alheios

Porque sou eu, a minha Poesia.

Nunca triste o canto

E

sempre clara

A face.

Mírian Pinto de Souza
Enviado por Mírian Pinto de Souza em 27/04/2007
Código do texto: T465872