Quando Quis Ser Poeta

Quando quis ser poeta, entrou o sol pelas janelas

E iluminou como nunca o ladrilho.

Subiu nos versos, voou sobre empecilhos

E escapou pela porta aberta

No dia em que quis ser poeta.

Quando quis ser poeta, o vento o chamou

Pra dançar vivamente com as cortinas.

Sentir o vento que se dobra em cada esquina

Virou atividade predileta

No dia em que quis ser poeta.

Quando quis ser poeta, parou de evitar o choro

E o fez natural como tempestade.

Começou a enfeitar o que sente de verdade

E as sensações lhe foram concretas

No dia em que quis ser poeta.

Alegria

Ser feliz

Foram metas

Nesse dia

Em que quis

Ser poeta.